31/05/2021
Cada vez mais nos deparamos com uma gama de serviços oferecidos no ambiente digital, que prometem menos burocracia e cujo acesso está na palma da mão – basta usar um smartphone para acessá-los.
Nesse universo, um tipo de serviço que vem crescendo muito ao longo dos últimos anos é oferecido por empresas chamadas fintechs - termo originado da união das palavras financial e technology, ambas do inglês, e que se referem, principalmente, às startups especializadas em finanças. São empresas que operam pela web, sem as tradicionais agências ou pontos de atendimento na prestação de serviços financeiros e bancários.
O Brasil é o maior mercado de fintechs em termos de investimento, volume de financiamento alternativo e número de negócios da América Latina, segundo dados do estudo divulgado em 2020 pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais). Este mesmo levantamento diz que o país responde por 50,5% dos investimentos recebidos por startups da área financeira da região, somando US$ 2,49 bilhões, seguido pela Colômbia, que obteve o segundo maior volume de investimentos, com US$ 1,09 bilhão.
Dados do Distrito Fintech Report, levantamento divulgado em outubro de 2020 e realizado pelo Distrito, empresa de inovação aberta que atua junto a startups, apontam que o Brasil tem 828 fintechs. São startups que se propõem a oferecer produtos financeiros de forma mais descomplicada, não cobrar taxas de serviços e fornecer empréstimos com juros menores, entre outros atrativos. Desenvolver serviços inovadores é uma das promessas das fintechs. Apesar de afetarem a posição das instituições financeiras, muitas delas atuam em parcerias com os bancos tradicionais.
Outros estudos apontam ainda que a maioria das fintechs brasileiras opera com meios de pagamento e oferta de crédito. Elas estão estimulando a transformação digital das instituições financeiras centenárias que estão investindo em mais tecnologias e prestação de serviços mais ágil para seus clientes.
Existem vários tipos de fintechs, de acordo com os serviços que oferecem. Vamos falar de 5 deles, com mais dados sobre as que atuam no mercado de empréstimos. Confere aqui:
Pagamentos
São as plataformas que oferecem meios de pagamento, como cartões de crédito, débito ou pré-pago e, até mesmo, máquinas de cartões de crédito sem cobrança de aluguel.
Gestão financeira
São as plataformas que proporcionam serviços que facilitam o controle das finanças pessoais. Existem ainda as que ajudam na gestão das empresas, pois disponibilizam ferramentas para controle fiscal, folha de pagamento e contabilidade.
Investimentos
São as plataformas que focam o mercado financeiro para ajudar as pessoas que desejam investir nas bolsas de valores ou em outros fundos. São baseadas em sofisticados algoritmos que indicam as melhores opções para o investidor.
Seguros
Oferecem mecanismos que comparam serviços das corretoras de seguros e apresentam as diferentes alternativas para o usuário, de acordo com as coberturas que oferecem e preços.
Empréstimos
São as plataformas que facilitam o acesso aos empréstimos de forma mais rápida e desburocratizada. O levantamento intitulado ‘A Nova Fronteira do Crédito no Brasil’, feito por meio de uma parceria entre a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e a consultoria PwC Brasil, revelou que o volume de crédito concedido no país pelas fintechs foi de R$ 804 milhões, em 2017, para R$ 1,195 bilhão em 2018.
De acordo com este levantamento, o público atendido pelas fintechs de crédito, atualmente, está, em sua esmagadora maioria, nas camadas de renda mais baixas. Ao todo, 79% dos clientes estão concentrados nas faixas C, D e E. Entre as fintechs que atendem pessoas jurídicas, 72% dos clientes correspondem a
empresários individuais, microempresas e empresas de pequeno porte (até 49 empregados).
Essa disponibilidade das PMEs utilizarem fintechs no Brasil está alinhada com o resultado de uma pesquisa global realizada pela consultoria EY (Ernest Young) que ouviu 5 mil pequenos empresários de diferentes partes do mundo, divulgada no em 24/05/2021: a principal fonte de crédito ainda é o banco tradicional, com 49%. Mas, 20% dos entrevistados já recorreram a serviços financeiros totalmente digitais – sejam fintechs ou bancos digitais – para a captação de crédito.
Uma tendência que deverá mudar o mercado financeiro no Brasil e a atuação das fintechs é o Open Banking, que representa um sistema bancário mais aberto com o compartilhamento de dados bancários pessoais entre instituições, mediante autorização do consumidor. Mas, este é um assunto para um novo post.
Você já usou o serviço de alguma fintech? O que espera que ela mude no mercado de cobrança e recuperação de crédito? Deixe o seu comentário em nosso post!
A VCOM já possui uma fintech em seu portfólio de clientes, além de ser um dos segmentos prioritários para prospecção junto a área comercial.
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